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Para logtechs, crescimento do setor está só começando

Artigo da Startups sobre o crescimento das logtechs no Brasil, por Álvaro Loyola da Drivin.

Extraído da Startups, por VCRP.


nquanto muitos falam de SaaS ou de fintechs como exemplos da ebulição do cenário startupeiro no país nos últimos anos, são poucos os que pensam nas logtechs como outro caso de sucesso. Entretanto, na visão dos próprios fundadores das startups de logística, o crescimento está longe de bater no teto.

“Por ser um setor que está presente em todos os tipos de empresas e cada mais vez visto como estratégico, o transporte tem crescido pelo menos dois dígitos nos últimos anos. Minha percepção é que esse crescimento não diminuirá, dada a demanda dos consumidores e expansão do mercado”, pontua Pedro Prado, cofundador e CEO da LogShare, de soluções de frete de retorno, que é membro do Cubo.

Os dados corroboram a visão de Pedro. Segundo o Distrito LogTech Report, levantamento feito pela Distrito em parceria com a KPMG, Volvo e VLi, as startups do setor de logística, conhecidas como logtechs, estão em crescimento no Brasil, somando um total de 283 empresas. Destas, 46% atuam no ramo de transporte de cargas e mais da metade surgiu entre 2015 e 2020.

Desafios tecnológicos

Segundo dados da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), o setor logístico corresponde a 12% do PIB nacional, bem acima dos 7% registrados no mercado norte-americano, por exemplo.

Entretanto, essa representatividade do setor esbarra em um gargalo: pouca tecnologia para otimização. Só para ter um exemplo, segundo dados da McKinsey, 80% das empresas no Brasil fazem gestão da logística em planilhas de excel.

“Temos acompanhado uma revolução no segmento logístico no Brasil que otimiza cada vez mais a gestão de transporte, traça rotas mais eficientes, aponta previsões precisas de demanda e proporciona, sobretudo, maior visibilidade das operações. A digitalização logística é capaz de impactar positivamente e de forma sustentável a sociedade como um todo”, completa o Country Manager da Drivin Brasil, Álvaro Loyola.

Atraindo investimentos

O otimismo das logtechs quanto ao aquecimento do setor logístico no Brasil encontra respaldo nos investimentos realizados no setor. Por exemplo, só no último ano, tanto a LogShare quanto a InFleet levantaram rodadas seed para impulsionar suas estratégias de crescimento.

Mesmo com todos os investimentos, especialistas estão convictos que este é apenas o começo. De acordo com dados do relatório “The State of AI in Logistics 2023”, da McKinsey, o volume de investimentos em soluções de IA na logística do Brasil atingirá US$ 5,5 bilhões até 2027, representando, assim, um crescimento anual de 37,3%.

“Tudo indica que o Brasil se tornará uma potência de logtechs, afinal, somente o transporte rodoviário brasileiro movimenta mais de R$ 500 bilhões. Inclusive, há quem diga que assim como as fintechs, as startups de logística se tornaram a nova sensação do mercado”, finaliza Álvaro Loyola.