Artigo da MundoLogística com orientações de Alvaro Loyola, da Drivin Brasil, sobre os cuidados logísticos na Páscoa, incluindo controle de temperatura, gestão de frotas, prevenção de perdas e uso de tecnologia para garantir eficiência na cadeia do chocolate. Por VCRP.
Country Manager da Drivin Brasil detalhou cuidados essenciais para assegurar qualidade e eficiência na cadeia logística do chocolate
A sazonalidade representa um dos maiores desafios para os operadores logísticos, exigindo planejamento antecipado e rigoroso controle em todas as etapas. No caso da Páscoa, essa logística começa a ser estruturada pelo menos cinco meses antes, garantindo que o recebimento, armazenamento e transporte dos produtos ocorram de maneira eficiente. Devido às exigências específicas dos chocolates, é necessário utilizar locais com temperatura controlada, além de ferramentas avançadas de monitoramento e gestão em tempo real.
Segundo dados da Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em parceria com o Instituto Datafolha, a Páscoa de 2025 deve movimentar cerca de R$ 5,3 bilhões, um crescimento de 26,8% a mais em relação ao ano passado. A pesquisa revela ainda que 7 em cada 10 pessoas pretendem comprar chocolates ou outros produtos.
Diante desse cenário, o Country Manager da Drivin Brasil, Alvaro Loyola, destacou os principais cuidados que devem ser adotados para garantir a qualidade e a eficiência na logística do chocolate.
ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE EM TEMPERATURAS IDEAIS
De acordo com a Drivin, a temperatura ideal para armazenar e transportar chocolates varia entre 10°C e 18°C, dependendo do tipo – branco, ao leite, amargo ou meio amargo. Quando a temperatura ultrapassa 21°C, o chocolate começa a perder qualidade tanto na aparência quanto no sabor.
A 24°C, a textura do chocolate já sofre alterações, podendo amolecer e deformar. Se houver ingredientes como nozes, há risco de rancificação. A manteiga de cacau, por sua vez, se torna oleosa quando exposta ao sol. Braga explica que 28°C é o ponto de fusão do chocolate. “Se uma barra apresenta um aspecto esbranquiçado, com listras acinzentadas ou bolhas, ocorreu o fenômeno conhecido como ‘fat bloom’, que ocorre quando os componentes gordurosos se separam e cristalizam após o resfriamento”, detalhou Alvaro.
Para evitar esse problema, o ideal é manter o chocolate entre 15°C e 20°C, evitando também umidade excessiva.
Outro situação causada por variações de temperatura é o “sugar bloom”, que ocorre quando a umidade dissolve o açúcar do chocolate, deixando sua superfície esbranquiçada. Isso pode ser evitado ao manter o produto protegido de mudanças bruscas de temperatura e umidade. “Embora seja possível transportar chocolate em temperaturas mais baixas, entre 4,4°C e 7,2°C, existe o risco de condensação quando a carga refrigerada é exposta a um ambiente quente”, pontuou Loyola.
AMBIENTES LIVRES DE ODORES
O cacau tem alta capacidade de absorção de odores, o que exige atenção especial ao armazenamento e transporte. A embalagem desempenha um papel fundamental nesse aspecto, pois materiais inadequados podem alterar o aroma e o sabor do chocolate. “Quanto maior o teor de gordura do produto, maior sua sensibilidade, já que a manteiga de cacau retém odores com facilidade”, destacou o executivo.
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